• 30 Mar 2015
  • Antonio

SEMANA DO SOFRIMENTO E DA ESPERANÇA


Não precisamos ser cultos, inteligentes ou sábios, para ficarmos sozinhos com nós mesmos, meditando sobre o que fizemos e poderemos fazer por nós e pelo próximo. É preciso termos a consciência, mesmo a humildade, para entender que não necessitamos de muitos conhecimentos, importante é sermos éticos, não porque não fizemos o mal,  sim para fazermos de alguma forma o bem ao próximo, todo dia e a cada hora.

 

O repartir com o outro, o ajudar ao próximo sem pedir retorno, termos a consciência de que podemos moralmente agir servindo a todos, igualitariamente, principalmente sem praticar atos condenáveis contra coisa pública, que a todos atinge.

 

Tomemos esta semana, do sofrimento e da esperança com a Ressurreição de Jesus, para formação de um projeto de amor ao próximo, um programa de vida que não deve ser a de tratarmos desigualmente ao próximo, ou  para cuidar-se só dos pobres como “opção cristológica”, mas  fazermos uma mudança existencial, não de exibicionismos, de divulgação do número de jaculatórias, Pai- Nossos, Ave-Marias, missas assistidas, cultos frequentados, as batidas com a cabeça no Muro das Lamentações, comparecimento a sessões, outras formas.

 

Busquemos a ética do amor maior, mesmo no recolhimento, na intimidade. Como disse  Carlos Francisco Signorelli (CNBB):

 

“è muito mais do que viver o intimismo de certas práticas religiosas. É arregaçar as mangas e partir para a construção de um novo mundo, de nova sociedade, a civilização do amor.” 

 

Nunca o mundo precisou tanto de retorno ao mandamento “Amarás ao próximo como a ti mesmo”. Nunca nosso país necessitou tanto de retorno às regras éticas de governabilidade.

 

Convém meditarmos e mergulharmos  no real sentido da “Prece pera Paz no Mundo”:

 

“SENHOR, nós vos pedimos o poder de sermos  moderados, a força de sermos tolerantes, a paciência de sermos  compreensivos e a capacidade de aceitarmos as consequências quando nos atemos  ao que acreditamos ser o certo.

 

Que possamos confiar no poder do Amor de sobrepujar o ódio. Pedimos visão para enxergar  e a fé para crer num mundo livre da violência, um mundo novo onde o medo não leve mais os homens  a cometer injustiças nem o egoísmo os faça levar sofrimento aos outros.

 

Ajudai-nos a devotar toda a nossa vida, pensamentos e energia à tarefa de promover a paz, rogando sempre pela inspiração de cumprir o destino para  o qual nós e todos os homens fomos criados.”

 

Não podemos compactuar, ainda que pela omissão ou concordância ante as condutas éticas reprováveis  daqueles que governam, permitindo o desrespeito para com a coisa pública e consequente abastardamento e resvalo da moralidade de nossa sociedade.

 

A SEMANA SANTA é um tempo especial para meditarmos  sobre tudo isso, e com a acão de todos, tornar possível  a ressurreição  da conduta ética de todos em suas atividades  para com a coisa pública e também de cada um de nós no seio de nossas famílias  

                                                                          NILZARDO CARNEIRO LEÃO