• 08 Ago 2014
  • Antonio

A greve ideal


 Mário V. Guimarães , médico

dr_mariovg@yahoo.com.br 

 

                    Inicialmente quero dizer que sou uma pessoa instintiva e radicalmente contra greves de qualquer natureza, embora teoricamente consideradas uma conquista das chamadas liberdades democráticas. Ora , se a democracia é tida como um governo do povo para o povo, como é que a greve é uma conquista democrática se a sua grande vítima á sempre o povo? Pode ser que nos países mais civilizados o seu uso tenha outros desempenhos. O fato porém incontestável é que, entre nós, as greves constituem um movimento grosseiro, covarde e ultimamente até com toques de chantagismo, pois os seus líderes têm procurado programá-las para épocas de maiores repercussões sobre as comunidades, tornando-as inquietas e temerosas.

 

        Sou contra qualquer tipo de greve, de analfabetos ou de cientistas, de qualquer grupo profissional, por uma única razão, é que elas jamais atingem os interesses pessoais dos dirigentes patronais. O povão e a sociedade como um todo, são sempre as únicas vítimas.

 

         Curioso também , é que a maioria das lideranças sindicais, quase sempre ligadas a políticos esquerdistas, promotores e estimuladores das mesmas, fazendo disso meio de vida, lubrificados ainda pelas gordas e sigilosas verbas do governo (e que não prestam contas ao TCU, conforme decreto de Lula), parecem ignorar que nos países que tanto cultuam, não existe o direito de greve e ai de quem quiser implantá-lo.. Por que essas li-deranças não procuram estudar uma maneira pela qual somente as pessoas , orgãos ou empresas  responsáveis por suas queixas sejam penalizadas? Falta de coragem?

 

          Há uma greve porém que, apesar da idade avançada, eu seria capaz de aderir. É a da juventude mundial ao se recusar formalmente a seguir para a guerra (não ao serviço mili-tar de rotina), pois somente eles vêm morrendo aos milhões , inocente e inutilmente nas últimas décadas para atender aos caprichos e desacertos de seus governantes, muito bravos em suas brigas, por saberem muito bem que na “hora do pau comer”, eles e suas curriolas não vão. Como fazer porém, para organizar a juventude nesse nosso mundo?