Na noite de 18/09, o Núcleo AMPE de Bioética trouxe o tema do fim da vida para o centro do debate. O evento, comandado pela Dra. Maria do Carmo Lencastre, diretora da AMPE, contou com os debatedores, Dr. Luiz Domingues, Dra. Helena Carneiro Leão, Dra. Ana Claudia Brandão e a Dra. Milena Bassani.
Questões que envolvem o fim da vida, fatores envolvidos e suas consequências, fazem parte do debate que está presente no dia a dia até mesmo de um estudante de medicina, este ainda despreparado para lidar com os desafios que isto implica.
Saber escutar a vontade do paciente, também saber como fazer a família compreender a decisão de manter ou parar o tratamento, melhores práticas paliativas, acolher socialmente e entender como cada paciente pode compreender seu diagnóstico é importante.
Judicialmente, muitas vezes, devido ao pouco conhecimento de seus direitos, faz-se necessária a cooperação médico-advogado para que familiares possam entender a autonomia do paciente e saber respeitar as decisões enquanto indivíduo.
A juíza Ana Claudia Brandão lembra que a eutanásia é crime conforme a legislação vigente e cabe ao médico preservar a vida e dar alívio ao sofrimento.
No âmbito pediátrico, o tema se torna ainda mais delicado, pois envolve o paciente que tem as decisões muito ligadas aos pais. Trabalhar uma boa comunicação com os responsáveis tanto pela criança como por qualquer outro é o mais importante quando se quer permitir uma vida de qualidade, mesmo que ainda seja breve.
Muitos dos fatores que levam à justiça falam muito sobre a falta de informação dos pacientes e o despreparo dos profissionais para lidar com o tema.
O núcleo é uma forma permanente mantida pela diretoria de Defesa Profissional da AMPE, dirigida pela Dra. Helena Carneiro Leão, para a reflexão dos médicos por meio de troca de conhecimento.