Texto originalmente publicado no Jornal de Medicina de 2017, edição agosto
Autor: Gildo Benício
Flávio Linck Pabst, meu vice-presidente quando estive à frente da AMPE e companheiro de outras jornadas, é um cirurgião pediátrico qualificado e tem uma carreira notável como participante de diversas entidades representativas dos médicos.
Desde muito jovem apreciava a Medicina, e nela se afirmou definitivamente. Já no terceiro ano médico começou a trabalhar no serviço de Cirurgia Pediátrica do Dr. Gilson Machado, no Hospital Infantil Manoel de Almeida. No quarto ano ingressou na Sociedade dos Internos dos Hospitais do Recife. Foi também acadêmico concursado do Hospital do Pronto Socorro e da Maternidade do IPSEP. Formou-se em1968 pela UFPE (então Universidade do Recife).
Partiu para São Paulo para fazer o curso de Pós-Graduação em Cirurgia Geral no Hospital Brigadeiro Luiz Antônio, onde ingressou no INPS como Cirurgião Pediátrico. Em seguida fez dois anos de Residência em Cirurgia Pediátrica, na Santa Casa de São Paulo. Casou-se com Miriam Campelo e vieram três filhos (Um Médico, um Odontólogo e uma Arquiteta). De volta ao Recife foi trabalhar no IMIP, na Cirurgia Pediátrica dirigida por Miguel Doherty e transferiu o vínculo que tinha com o INPS para a urgência do Hospital Getúlio Vargas. Abriu o seu Consultório e iniciou sua crescente clínica particular.
Flávio tornou-se sócio da AMPE e do Sindicato dos Médicos, e despontou como dirigente da Sociedade de Cirurgia Pediátrica de Pernambuco que presidiu por duas gestões. Ganhou notoriedade e o respeito dos que militavam no meio associativo dos médicos. Na AMPE participou de várias diretorias e Assembleias de Delegados (locais e federais). Flávio Pabst se tornou Presidente da Associação Brasileira de Cirurgia Pediátrica, na qual também foi examinador na banca que distribuía os títulos de Especialistas (ele próprio já havia conquistado esse título). Foi adiante e chegou à Associação Médica Brasileira, na qual foi Vice-Presidente da entidade para o Nordeste. Na AMB integrou a Comissão Nacional de Honorários Médicos (já presidira a comissão estadual).
Flávio seguiu com um conceito ascendente na Medicina pernambucana: Publicava trabalhos, dava aulas, participava de Congressos (no Brasil e no exterior). Seguiu para a Inglaterra, onde foi fazer especialização em Cirurgia Neonatal, na Universidade de Liperpool. De retorno ao Recife, ingressou na Cirurgia Pediátrica do Hospital Barão de Lucena, e no IPSEP foi o único Cirurgião Pediátrico por vários anos. Foi membro efetivo da Sociedade de Pediatria de Pernambuco e da nacional respectiva. Nessas entidades, integrou o comitê de Cirurgia Pediátrica. Entrou também para a Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica, e foi Conselheiro do CREMEPE.
Flávio Pabst, ganhou a Medalha Mário Ramos (da AMB) e ado Mérito Cooperativista da Federação das Cooperativas de Especialidades Médicas de Pernambuco (FECEM), da qual foi fundador e Presidente.
Como todo Médico, Flávio teve uma experiência inusitada: Na entrada do Hospital Getúlio Vargas deparou-se com uma adolescente que nem sabia ao certo que estava grávida, desorientada e com dores. Na verdade, estava em pleno trabalho de parto e a criança começou a sair ali mesmo, naquele lugar. Flávio aparou e examinou a criança. A surpresa foi grande, mais felizmente tudo correu bem.
Flávio Pabst, é sem dúvida, uma figura exponencial da nossa Medicina.