• 17 Jul 2016
  • Antonio

Fernando Cordeiro


Por Gildo Benício

 

É difícil para um médico se destacar profissionalmente e praticar a política médica, mas Fernando Tarcísio Miranda Cordeiro conseguiu. Decidiu ser médico por apreciar a profissão. Ainda na faculdade, participou de congressos de estudantes e também dos congressos médicos de Garanhuns, sempre apresentando trabalhos e estabelecendo contatos, dedicou-se em particular ao estudo das parasitoses intestinais, indo para São Paulo fazer curso sobre o aparelho digestivo. Aproximou-se de Djalma Vasconcelos, com o que tomava decisão de seguira gastroenterologia. Djalma, que foi presidente da AMPE, também o influenciou em relação à política.

 

Fernando Cordeiro formou-se pela UFPE em 1962. Tornou-se assistente voluntário do professor Paulo Borba, que o encaminhou para a especialização no serviço do Professor José Fernandes Pontes em São Paulo, então, considerado o melhor do Brasil em gastro. Voltando a Recife, agora a través do professor Ruy João Marques, foi indicado para uma nova especialização, desta feita em endoscopia digestiva, na Universidade de Keyo, em Tóquio. De volta ao Brasil, casou-se com Adalgisa, e tem dois filhos e três netos.

 

Desenvolveu-se, e por concurso tornou-se Professor Titular de gastroenterologia. Publicou trabalhos (no Brasil e fora dele) e também cinco livros, sempre sobre gastro e endoscopia. Estudou particularmente esquistossomose, endêmica em Pernambuco, instalou sua clínica privada no Hospital Português, onde continua a praticar a endoscopia.

 

Fernando Cordeiro teve uma vida paralela, na política médica, presidiu a AMPE, na época ainda denominada Sociedade de Medicina, e foi delegado, por várias legislaturas, da Associação Médica Brasileira.

 

Foi também presidente do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco. Membro atuante de várias entidades médico-científicas, entre elas a American College of Gastroenterology, foi presidente nacional das Entidades de Endoscopia Digestiva e da Federação Brasileira de Gastroenterologia. Atualmente integra a Academia Pernambucana de Medicina.

 

Fernando Cordeiro sempre entendeu que a medicina não podia deixar de lado a população não médica, e manteve uma atitude progressista, indo à luta quando necessário, mesmo no período do governo militar.

 

Sempre querido e respeitado pelos seus colegas, Fernando Cordeiro é um Expoente de Medicina Pernambucana.